Arquivo de 18/01/2012

Nesta sexta dia 20 de janeiro, no PROGRAMA TAH LIGADO, a partir das 16 horas, Paulo Ragassi e Anabel Bian, recebem nos estúdios da www.alltv.com.br  o GRUPO LINGUA DE TRAPO, e para quem não conhece:  Hilário. Descontraído. Inteligente. É como se costuma definir o Língua de Trapo, grupo paulistano que completa 30 anos de estrada. No auge da maturidade, o grupo se mantém sempre mordaz e atual, encantando platéias de todas as idades. Leiam este texto do Carlos Melo (sócio-fundador do Lingua de Trapo): “ Em 1979, os milicos não sabiam mais o que fazer com o país. Resolveram inventar a abertura política “lenta e gradual” pra disfarçar. No mesmo ano, com 21 primaveras, eu também não sabia o que fazer da vida. Inventei então de trancar a faculdade de Ciências Sociais e começar a de Jornalismo. E, por estar cansado de estudar tribos indígenas, Marx e Bakunin – não necessariamente nessa ordem – passei a ler textos mais desencanados de humor. Estava intoxicado desse espírito humorístico-anárquico, quando resolvi aparecer no lançamento da revista literária “Esquina do Grito”, na faculdade Cásper Líbero.Seria uma espécie de trote aos calouros como eu, só que mais politicamente correto, com direito a show de música pros bichos e outras milongas. Atrasado, dei de cara com três sujeitos em cima de um palco improvisado numa sala de aula. Eram eles Laert, Guca e Pituco. E chamavam-se de “Laert e seus Cúmplices”. Imaginei um espetáculo engajado, com declarações raivosas contra os últimos vagidos da ditadura e já ia pegar minha revistinha e cair fora pra uma “gelada” na Paulista.Foi quando o magérrimo Laert Sarrumor começou a entoar “Na minha boca”. E, com muitos esgares e gaguejares, fazia uma inusitada e hilária crítica à censura. A estudantina foi ao delírio com a pilhéria dos meninos. Pilhérias e bolas, diga-se, já que na mesma semana, dois dos nossos haviam sido retirados pra sempre de circulação pelos “homi”. Na seqüência, amparado pelo violão de Guca Domenico, surgiu Pituco (que vinha a ser um tipo de Elvis, Bowie e Tomie Ohtake no mesmo corpo). Com um rebolado lúbrico e um vozeirão potente, o japa foi a gota d’água pra minha conclusão: ali estava surgindo algo novo na música paulistana. O uso do humor era um “link” direto com Adoniran, Noel, Moreira da Silva, Germano Matias, Alvarenga e Ranchinho, Jararaca e Ratinho, Zé Fidelis e mesmo com Mutantes e Joelho de Porco. E por que não dizer com Monty Phyton e Les Luthiers? Na semana seguinte, cruzando com os caras no corredor da faculdade, resolvi me apresentar: – Fiz um samba chamado “A vingança do hipocondríaco”. Querem dar uma ouvida? Guca pegou do violão e, depois de umas breves batidas na caixa-de-fósforos minhas, saiu acompanhando. Pronto. Eu era mais um dos cúmplices. – Como você se chama? – quis saber Laert, ao final. Tão pouco artístico meu nome e, ainda por cima, com um quê de “ditatorial” praquela época heróica: Carlos Antonio de Melo e Castelo Branco. Por isso, respondi num impulso: – Carlos Melo. Pelo menos pra mim, ali começava oficialmente o grupo Língua de Trapo. Nome que tive a honra de sugerir em 1980, quando teve lugar o primeiro registro do grupo na fita “Sutil como um cassetete” – vendida na faculdade e em shows. Já estavam incorporados ao bando os casperianos Cassiano Roda, Lizoel Costa e os “importados” Fernando Marconi, Celso Mojola e Tigueis . Pouco mais tarde chegaria outro colega de faculdade, Ayrton Mugnaini Jr. Entre 81 e 82, em meio a projetos importantes, como o “Virada Paulista” – que reuniu mais de quarenta bandas no Teatro Lira Paulistana – o Língua teve a sua primeira mudança na formação: entraram os irmãos João e Luiz Lucas, Ademir Urbina e Sérgio Gama. Estava tudo pronto para a gravação do primeiro disco independente “Língua de Trapo”, o famoso “azulzinho”. O vinil seria lançado numa temporada histórica de duas semanas no Teatro Lira Paulistana no show “Obscenas Brasileiras”. Dali em diante, o Língua colecionaria louros. Em 83, com uma apresentação de protesto contra as eleições indiretas (“Sem Indiretas”) ganha o prêmio Chiquinha Gonzaga como melhor grupo independente. Entram para o grupo o baixista Mário Campos e o baterista Nahame Casseb, o “Naminha”. Em 84, em temporada com o show “Prejuízo Final”, no Sesc Pompéia, recebe o Prêmio APCA como melhor conjunto vocal. No ano seguinte grava pela RGE “Como é bom ser punk”, apresenta em teatro “Nova Retórica” e fica entre os 12 finalistas do “Festival dos Festivais”, da Rede Globo, com a música “Os metaleiros também amam”. “Os 17 Big Golden Hits Super Quentes Mais Vendidos do Momento”, de 86, pela RGE, é o terceiro registro em disco. Seguido do espetáculo “Como é que é o Negócio”, no Projeto SP. A alegria dura até 1987, quando o grupo interrompe suas atividades mezzo por falta de saco, mezzo por falta de capital. Mas, pressionado por seus fiéis fãs – que vão de 8 a 80 anos – o Língua resolve voltar com nova formação, em 91. Juntam-se aos fundadores Laert Sarrumor e Sergio Gama, Cacá Lima, Valmir Valentim, Zé Miletto e Moisés Inácio (a star Grace Black). Da união vem à luz, em 94, o CD “Brincando com Fogo” (Devil Discos) e o espetáculo “Fim de Século”, com direção de Carlos Alberto Soffredini. Depois saíram do forno, em 96, os CD’s “Língua ao Vivo”. E, em 2000, “21 anos na Estrada”, o primeiro gravado na Sala Guiomar Novaes/Funarte, e o segundo no Sesc Pompéia. Hoje, 25 anos depois, o governo continua não sabendo o que fazer do país. Inventaram o assistencialismo e o economês pra disfarçar. Felizmente, restou a teimosa voz do velho Língua. Torçamos pra que ela tenha longa vida. E que – como dizia Ary Barroso em “Dá Nela” – da sua boca ninguém continue escapando. Granja Viana, Setembro de 2005 Carlos Melo (ou Castelo, pros que me lêem hoje).”

Amigos, a solidariedade está no coração e no DNA do brasileiro, então vamos ajudar: Esta é foto do querido músico e amigo @Vinicius Maia que está desaparecido!! Ele é muito querido por todos que o conhecem e estamos todos muito preocupados, mas esperançosos! Aos músicos, e amigos! Vamos divulgar e ajudar a achar o nosso colega de profissão que faz parte do Grupo Curimã e também do Grupo Nem Secos! Vamos rezar! Existe a possibilidade dele ter pego carona e ter saído do Estado de MG então peço tb aos amigos de outros estados pra divulgar a foto, pois a família e amigos estão sofrendo demais!!! Desde já agradeço! DESAPARECIDO – VINÍCIUS MAIA CARVALHO Altura: 1,90 – Magro – Está vestido com bermuda e camisa de malha preta QUALQUER INFORMAÇÃO, FAVOR LIGAR TEL: (31) 9817-8484