Arquivo de 27/03/2010

A BANDA Jahzz seria uma banda como qualquer outra se não tivesse a tarefa de unir com muito bom gosto ritmos como samba, rap, reggae, dub, ragga e groove com instrumentos tradicionais e pick-up, onde a guitarra faz som de cuíca e os refrões, que não saem da cabeça, tem como tema a fé, o cotidiano e o amor. Uma banda com vários ritmos para ser ouvida por diversos públicos. Esta banda paulistana foi criada por amigos de longa data, em setembro de 2004, com a finalidade de fazer uma conjunção entre arcaico e o futurista, universalizar e sacudir a linguagem da música brasileira. Seu trabalho impulsiona a modernização, não só da música brasileira, mas também da própria cultura nacional, proporcionando um movimento de ruptura em um ambiente que ameaça tornar-se convencional. Em setembro de 2005, foram realizadas entrevistas para a rádio VRT, da Bélgica, na qual a Banda Jahzz foi considerada revelação do underground paulistano, e duas outras entrevistas para a rádio Megga Mix, de São Paulo, além da inclusão e veiculação de suas letras e cifras por diversos sites especializados, na internet. No ano de 2006 participou dos volumes 11 e 12 da coletânea Circuito Reggae, com uma releitura muito original e bem sucedida da música Concrete Jungle, de Bob Marley e com a estréia da sua música Minha Menina, respectivamente, com direito a matéria na revista Circuito Reggae e veiculação diária nas rádios RCP de São Paulo, e Vibe FM de Santo André. Neste mesmo ano, nos meses de agosto e setembro, a grande surpresa foi à veiculação do clipe de sua canção Minha Menina na MTV, com grande reconhecimento do público geral. Participou de várias entrevistas em TVs de Internet, entre elas All TV (programa Vitrola), Adler Tv, TV Orkut, além de participação de uma hora e meia no programa Top Reggae e participação em programas na TV Costa Norte, em Bertioga e TV Tribuna, Em Mongaguá e programação da Rede NGT. Em julho deste mesmo ano, a banda teve a honra de estrear o projeto Bus TV, da prefeitura da cidade de São Paulo, ao exibir seu DVD, em telas instaladas nas principais linhas de ônibus. Em 2008, a Banda JAHZZ foi inserida na programação da FIZ TV, de São Paulo, com a veiculação de seu clipe “Minha Menina”. Neste mesmo ano, de maneira criativa e inovadora, lança o vídeo clipe da canção Concrete Jungle, divulgada na edição número 11 da Coletânea “Circuito Reggae”, com distribuição de nível nacional. Esse clipe é muito importante, pois divulga pela primeira vez imagens ao vivo, de shows realizados entre 2005 a 2008; Atualmente a banda está presente numa revista de distribuição a nível nacional (Revista 77) com uma matéria e uma música no CD promocional da revista junto com bandas como Sepultura, Strike, Dead Fish, Cachorro Grande entre outras grandes bandas do cenário nacional e internacional. No momento a banda está finalizando a gravação de seu próximo trabalho, que conterá, além das cinco músicas apresentadas no álbum Original Brazilian Music, oito músicas inéditas, produzidas por Guilherme Chiapetta. Shows: Os shows da banda JAHZZ vão de musicas próprias passando por couvers de gente como Tim Maia, Jorge Ben, Adoniran Barbosa, Cidade Negra, Bob Marley entre outros artistas que garantem a diversão e o clima de alto astral do seu evento; Contando também com a discotecagem do nosso D.J. Em intervalos e antes e depois do show garantindo sempre a música ambiente do evento. Confiram o som da JAHZZ: http://www.myspace.com/jahzz.

O Yes foi formado em 1968 pelo vocalista Jon Anderson e pelo baixista Chris Squire. Squire já havia gravado um compacto em 1964 como membro do The Warriors, uma banda formada pelo seu irmão, Tony, e posteriormente gravou alguns compactos pela Parlophone Records sob o pseudônimo Hans Christian. Durante pouco tempo também foi membro da banda Gun e da The Syn, uma banda de rock psicodélico que gravou alguns compactos para a Deram Records. Após o fim do The Syn, Squire passou um ano dedicando-se a desenvolver sua técnica no baixo, altamente influenciado pelo baixista John Entwistle, do The Who. E então, em maio de 1968, ele conheceu Anderson em um clube noturno em Soho, chamado La Chasse, aonde Anderson estava trabalhando. Os dois possuíam um interesse em comum por harmonias vocais e começaram a trabalhar juntos no dia seguinte. Squire estava em uma banda chamada Mabel Greer’s Toyshop com Clive Bailey, e Anderson começou a fazer vocais para a banda. O baterista Bill Bruford foi recrutado, respondendo um anúncio no Melody Maker, substituindo Bob Hagger. Fã de jazz, Bruford anteriormente havia tocado em três concertos com o grupo de blues Savoy Brown. Bailey saiu do grupo, sendo substituído na função de guitarrista por Peter Banks. Juntou-se ao grupo o tecladista Tony Kaye, ex-integrante de várias bandas sem sucesso, como Johnny Taylor’s Star Combo, The Federals e Jimmy Winston and His Reflections. Após a entrada de Kaye, a banda passou a se chamar Yes. O nome foi sugerido por Banks, com o raciocínio de que a palavra iria se destacar em pôsteres publicitários. De acordo com Anderson, o nome foi aceito por ser uma palavra positiva. O primeiro concerto do Yes foi no East Mersey Youth Camp na Inglaterra no dia 4 de Agosto de 1968. Logo após, eles abriram para o Cream em seu show de despedida no Royal Albert Hall. No início, o grupo ganhou notoriedade por fazer versões drasticamente alteradas, mais extensas, de músicas de outros artistas, de modo similar ao que o Deep Purple fazia. A banda começou a chamar atenção, chegando a aparecer no programa de John Peel e tendo sido escolhida por Tony Wilson do Melody Maker como sendo uma das duas bandas mais “Provaveis a Serem Bem-Sucedidas” – a outra era o Led Zeppelin. O primeiro álbum, homônimo, foi lançado em 25 de Julho de 1969. Desde o início, o Yes já era uma banda de músicos excelentes com objetivos ambiciosos. Peter Banks imediatamente ganhou a atenção de fãs e críticos, e os vocais harmoniosos de Anderson e Squire se tornaram uma imediata marca registrada da sonoridade do Yes. O ponto de vista otimista e vagamente futurista do mundo contribuía para uma sonoridade melódica, virtuosa e entusiasmada. Os destaques do álbum de estréia eram a versão jazzística de “I See You”, do The Byrds e a faixa de encerramento “Survival”, que demonstrava uma combinação de harmonias vocais com uma construção musical complexa. Em 1970, o grupo levou suas ambições ao extremo, especialmente para esse período, ao gravar e lançar seu segundo disco, desta vez acompanhado por uma orquestra de trinta músicos. Time and a Word apresentava composições originais, com exceção de duas músicas, “No Opportunity Necessary, No Experience Needed”, de Richie Havens e “Everydays”, de Stephen Stills. A releitura épica da canção de Havens também incluía trechos da música-tema do filme The Big Country. Apesar de ser musicalmente excepcional em termos de melodia e com uma execução potente das composições, a orquestra (e o tecladista Tony Kaye) ofuscaram Banks e grande parte do trabalho vocal, deixando Time and a Word como um trabalho de banda mal-equilibrado. Antes do lançamento do disco, Peter Banks foi demitido, sendo substituído por Steve Howe, ex-integrante das bandas Tomorrow, The Syndicats e The In Crowd. A capa da versão americana do disco mostrava uma foto da banda com Howe, como se o recém-chegado guitarrista tivesse tocado no disco. A formação “clássica” As gravações do Yes durante a década de 1970 ainda hoje são consideradas por muitos fãs como sendo o som clássico do Yes. Esses discos apresentam arranjos complexos com orientação de música erudita, marcações de tempo incomuns, musicalidade virtuosa, mudanças métricas dramáticas, dinâmicas e letras surrealistas de significados obscuros. O repertório comumente excedia a estrutura padrão das canções pop de duração média de três minutos com suítes longas, algumas vezes com vinte minutos ou mais, fazendo da banda um dos carros-chefe do emergente rock progressivo. Versos com vocais alternavam-se com interlúdios instrumentais atmosféricos, passagens frenéticas e improvisos longos de guitarra, teclado e baixo. As marcas registradas deste período clássico são os vocais agudos e melódicos de Jon Anderson, os solos de guitarra e teclado de Steve Howe e Rick Wakeman, respectivamente, a bateria poliritmica de Bill Bruford (e, posteriormente, Alan White) e o baixo altamente melódico de Chris Squire, destacado pelo som de seu Rickenbacker RM1999. Chris Squire foi um dos primeiros baixistas de rock a adaptar de forma bem-sucedida efeitos de guitarra para seu baixo, tais como tremolo, phasers e pedal wah-wah. A seção rítmica de Squire/Bruford e Squire/White é considerada por muitos como uma das melhores do rock daquele tempo. Os dois primeiros discos do Yes uniam material original com covers de suas principais influências, incluindo Beatles, The Byrds e Simon & Garfunkel. A saída de Peter Banks em 1970 e a chegada de Steve Howe levou o Yes à novos pontos. O novo estilo emergente do grupo gerou seu próximo álbum, o bem-recebido pela crítica The Yes Album, que pela primeira vez consistia inteiramente de composições originais. Também foi o disco que iniciou a parceria com o produtor e engenheiro de som Eddie Offord, cuja habilidade com estúdio foi um elemento-chave na criação do som do Yes. Em 1971, o tecladista Tony Kaye foi demitido, vindo a formar depois sua própria banda, Badger. Apesar de ser um tecladista talentoso que contribuía com passagens memoráveis em seu órgão Hammond (particularmente nas clássicas “Everydays” e “Yours is No Disgrace”), Kaye não conseguia se equiparar à guitarra de Howe no que diz respeito aos improvisos. Ele foi substituído por Rick Wakeman, de treinamento clássico, que havia acabado de sair do The Strawbs e era um músico de estúdio notável, tendo tocado com David Bowie e Lou Reed. Wakeman trouxe os teclados a um nível tão alto quanto o da guitarra, uma situação rara para um grupo de rock. Como um solista, Wakeman provou-se um perfeito colega para Howe. Ele também trouxe duas adições vitais para a instrumentação do grupo – o Mellotron (que Kaye se mostrava pouco à vontade em usar) e o sintetizador Minimoog. Seu visual no palco também era marcante: Wakeman era rodeado por vários teclados, e possuia um cabelo loiro longo e uma capa brilhante, ganhando ares de mago. Apesar do grande impacto visual, sua aparência se tornou objeto de ridículo para alguns. A primeira gravação dessa nova formação (Anderson, Bruford, Howe, Squire e Wakeman) foi uma interpretação dinâmica de dez minutos de duração de “America” de Paul Simon, originalmente do disco The Age of Atlantic, uma compilação de várias bandas da Atlantic Records. O excelente trabalho de órgão na música na verdade foi tocado por Bruford. Foi simultaneamente o fim de uma era – foi a última faixa não-original que a banda gravou – e o início de outra, demonstrando todos os elementos do novo Yes. Com Wakeman à bordo, o Yes entrou naquele que muitos consideram como sendo seu perído mais fértil e bem-sucedido, gravando dois discos muito bem recebidos. Fragile (1971) constou no Top 10 na América, assim como Close to the Edge (1972). O Yes gozou de enorme sucesso comercial e de crítica por todo o mundo e passou a possuir um dos shows mais populares da época. Eles também se valeram dos tremendos avanços na tecnologia para som ao vivo que surgiam na época, e eles eram renomados pela alta qualidade de som e iluminação no palco. Os dois discos se tornaram grandes marcos na história do rock progressivo. Inclusive, muitos consideram o álbum Close to the Edge como sendo o ponto máximo de todo o gênero. Fragile apresentava as capacidades individuais da banda apresentando uma composição individual de cada um: “We Have Heaven” de Anderson, “Mood for a Day” de Howe, “Cans and Brahms” de Wakeman, “Five per Cent for Nothing” de Bruford e “The Fish” de Squire. As outras quatro faixas do disco eram composições de toda a banda (destaque para a excelente “Roundabout”). Fragile também marcou o início de uma longa parceria com o artista Roger Dean, que desenvolveu o logotipo do grupo e as capas de seus álbuns, bem como os cenários de palco. Dean também trabalharia para outras bandas do gênero, tornando suas ilustrações psicodélicas e ricas de detalhes uma característica marcante do rock progressivo. Antes do lançamento de Close to the Edge, durante o auge do sucesso da banda, Bill Bruford anunciou que estava saindo da banda para se unir ao King Crimson. A atitude de Bruford causou espanto geral, pois Bruford estava deixando uma banda de grande sucesso comercial para se unir a uma banda de potencial comercial tão fraco – devido ao alto teor experimental da musicalidade do King Crimson. Ele foi substituído pelo ex-baterista da Plastic Ono Band, Alan White, um baterista de rock mais convencional e dono de um estilo contrastante com a sonoridade imaginativa e jazzistíca de Bruford. White, amigo de Anderson e Offord, já vinha sendo sondado pela banda semanas antes da saída de Bruford. Chris Squire ameaçou jogá-lo pela janela caso ele não aceitasse entrar na banda. Ele aceitou, permanecendo na banda por mais de trinta anos, contibuindo com mudanças de tempo ambiciosas e uma capacidade colaborativa muito proveitosa para o Yes. White conseguiu aprender o repertório altamente ambicioso da banda em apenas três dias antes de iniciar a turnê, que teve início logo após o lançamento de Close to the Edge, em Setembro de 1972. A turnê rendeu o álbum ao vivo triplo Yessongs’. O disco inclui duas faixas gravadas com Bruford: “Perpetual Change”, com um solo de bateria de Bruford, e “The Fish”. Yessongs foi um projeto ambicioso e sem dúvidas uma aposta arriscada da gravadora Atlantic Records. Foi um dos primeiros discos triplos da história do rock, apresentando versões ao vivo de todo o material original dos três discos anteriores. Apresentada em uma das embalagens mais luxuosas da época, a arte de Roger Dean se espalhava através das dobras e dava continuidade aos conceitos orgânico-cósmicos dos dois discos anteriores. O disco foi outro sucesso de vendas e foi recentemente votado como um dos vinte melhores álbuns ao vivo de todos os tempos. Um vídeo da turnê, lançado sob o mesmo nome, apresentando filmagens (com Howe ganhando grande destaque por ser cunhado do editor) misturadas com efeitos visuais psicodélicos. O próximo disco de estúdio, Tales from Topographic Oceans, marcou uma mudança drástica na sorte da banda, dividindo fãs e critícos. Apesar de composições longas do Yes já serem comuns nesse ponto – a faixa-título de Close to the Edge ocupava todo um lado do LP – as quatro faixas de duração média de vinte minutos que constituíam o disco duplo Tales from Topographic Oceans receberam opiniões mistas e deixou a sensação de que a banda estava começando a exagerar. Gravado após uma longa turnê, o disco foi descrito por Jon Anderson como sendo “o ponto de encontro de grandes idéias e pouca energia”. Rick Wakeman, em particular, desaprovou o disco, e até hoje fala mal dele. É dito que o filme This is Spinal Tap tirou inspiração deste disco e da sua respectiva turnê. Por outro lado, fanáticos por rock progressivo o consideram um dos melhores discos de rock progressivo de todos os tempos. Não importa que opiniões receba, a única coisa certa é que o disco deixa uma impressão extrema, seja ela positiva ou negativa. Tensões internas entre Wakeman e o resto da banda, bem como a cada vez mais bem-sucedida carreira solo do tecladista, o levaram a sair da banda após a turnê de Tales em 1974. Dedicando-se por completo à sua carreira solo, ele obteve grande sucesso. Wakeman foi substituído pelo suíço Patrick Moraz para gravar Relayer em 1974. A vasta diferença entre as contribuições de Moraz para o Yes entre as de Wakeman foi mais uma novidade do que um desapontamento, sendo Moraz um músico de electric-jazz, mais voltado para experimentações e improvisos. Mais uma vez, o disco apresentava uma faixa que tomava um lado inteiro do vinil, “The Gates of Delirium”, cuja seção “Soon” foi lançada como compacto, obtendo grande sucesso comercial no mundo todo, alcançando a primeira posição nas paradas espanholas e se tornando a primeira música representativa do Yes perante o grande público no Brasil. Após um longa turnê entre 1975 e 1976, cada membro lançou um álbum solo. Na mesma época, foi lançada a coletânea Yesterdays, contendo faixas dos dois primeiros discos e abrindo com “America”. O grupo deu início a sessões para um novo disco. Os eventos nesse período têm relatos incertos, mas é fato que após negociações, Rick Wakeman voltou para a banda como músico de estúdio. A confusão vêm de Moraz estando ou não no disco, afirmando que merecia crédito por grande parte da música presente no álbum resultante. Howe inclusive afirmou que a banda “tentou remover o máximo do Patrick das canções o tanto quanto era possível”, o que dá a entender que ele de fato contribuiu para as sessões inciais. Todo o crédito dado à Moraz se resume a estar no topo da ambígua lista de agradecimento presente no encarte. Em todo caso, após ficar impressionado com o novo material Wakeman resolveu voltar como membro permanente. Apesar da faixa “Awaken”, de quinze minutos, o álbum resultante, Going for the One, é basicamente composto por músicas curtas, incluindo “Wonderous Stories”, lançada como single em 1977. Este disco e o próximo, Tormato (1978), feito com a mesma formação, obtiveram sucesso na árdua tarefa de passarem com alguma notoriedade durante o auge do movimento punk rock na Inglaterra, quando o Yes era muito critícado pela imprensa musical por ser um dos maiores expoentes dos excessos do rock progressivo feitos no início da década de 1970. Ironicamente, o Yes foi o que talvez melhor atravessou esse período, entre todas as bandas daquela época. Enquanto Going for the One obteve sucesso favorável, Tormato foi outro disco que gerou discordância entre os fãs, com muitos acreditando que metade do disco é simplesmente para ocupar espaço, enquanto outros afirmam que isso foi uma progressão lógica a partir de Going for the One, que iniciava uma sonoridade mais pop, menos sofisticada. Fãs do som clássico do Yes ficaram mais contentes em relação à última faixa, a sinfônica e jazzistíca “On the Silent Wings of Freedom”, guiada pela batida energética de White e o baixo harmonioso de Squire. Os membros da banda afirmam que eles não estavam exatamente certos em relação ao material presente no disco, e, virtualmente, ninguém gostou da arte da capa. No entanto, apesar das critícas internas ou externas em relação a esse disco, a banda obteve sucesso com turnês entre 1978 e 1979. Em Outubro de 1979, o Yes foi a Paris com o produtor Roy Thomas Baker, que ainda tinha prestígio devido ao seu trabalho com o disco de estréia do The Cars. Existem várias afirmações dos integrantes e rumores em relação ao fato de que as sessões não serviram para produzir nenhum álbum. Howe, Squire e White disseram em 1980 que nenhum deles gostaram das músicas que Anderson apresentou para a banda, afirmando que elas eram muito leves, sem o peso que o trio sentia que estava gerando durante seu tempo juntos. Gravações clandestinas dessas sessões sugerem que essas afirmações estavam corretas, sendo que algumas apareceram em um disco solo de Anderson Song of Seven. Em Dezembro, as sessões se encerraram quando Alan White quebrou o pé. Existe fortes especulações que afirmam que Anderson e os membros remanescentes da banda tiveram uma discussão sobre problemas financeiros, com argumentos sobre gastos individuais excessivos de fundos da banda como um todo. Por volta de Maio de 1980, a situação chegou a tal ponto que fez com que Anderson deixasse o grupo, já que não houve nenhum entendimento sobre a direção musical e remunerações financeiras. Após a saída de Anderson, Wakeman também deixou o grupo, acreditando que o Yes não poderia continuar sem a voz de Anderson, um dos elementos-chave da sonoridade do Yes. O empresário Brian Lane sugeriu que Squire convidasse os dois integrantes que compunham o The Buggles, Geoffrey Downes (teclados) e Trevor Horn (vocal) – que vinham tendo grande sucesso comercial com seu disco The Age of Plastic, impulsionado pelo single “Video Killed Radio Star” – para ajudar o Yes a gravar um novo disco. Inicialmente, a idéia era que Downes e Horn ajudassem a compor novo material – eles já tinham uma música chamada “We Can Fly from Here”, escrita já tendo o Yes em mente. Logo, Howe, Squire e White confessaram que estavam sem vocalista e tecladista. Para surpresa de Downes e Horn, eles foram convidados para se unir ao Yes como membros fixos. Eles aceitaram, e gravaram o álbum Drama, em 1980. Drama possuía um som mais pesado do que o que era feito pelo Yes anteriormente, começando com “Machine Messiah”, uma das primeiras músicas a demonstrar uma sonoridade que mais tarde seria definida como metal progressivo. O disco foi muito bem recebido pelos fãs, mas muitos sentiram a falta das letras e vocais de Anderson. A capa interna do disco mostrava um estilo casa-do-horror na capa e no design, uma anomalia que deixou alguns fãs perplexos. O álbum em si foi bem aceito, recuperando o peso que não constava em uma gravação do Yes desde The Yes Album. A banda saiu em turnê pela América em Setemro de 1980. O consenso geral era de que Horn cantava muito bem o novo material (mesmo não tendo nenhuma experiência em cantar diante de uma platéia das proporções que assistiam um show do Yes) mas decepcionava ao tentar reproduzir os clássicos do Yes. Quando a banda voltou à Inglaterra no final de 1980, a imprensa inglesa disparou grandes critícas sobre Horn e Yes. Depois da turnê de Drama, o Yes deu uma pausa para repensar seu futuro. Trevor Horn deixou a banda para se dedicar à produção. Alan White e Chris Squire deixaram o Yes, mas continuaram trabalhando juntos começando uma série de sessões com o ex-guitarrista do Led Zeppelin Jimmy Page. O trio se juntou como XYZ, uma referência a “ex-Yes-e-Zeppelin”, mas nada saiu dessas sessões quando o ex-vocalista do Zeppelin Robert Plant não demonstrou interesse pelo projeto. O XYZ produziu algumas fitas demo, e alguns elementos das músicas criadas nessa produção apareceram em músicas posteriores do Yes (mais notavelmente “Mind Drive” de Keys to Ascension 2 e “Can You Imagine” de Magnification). Em 1981, Squire e White lançaram uma parceira na forma de single, “Run With The Fox”. Downes e Howe, que eram os únicos membros dispostos à continuar no Yes na época, optaram por não continuar com a banda. Ao invés disso, eles formaram a banda Asia, junto com John Wetton (ex-King Crimson) no baixo e no vocal e Carl Palmer, do Emerson, Lake & Palmer na bateria. Em 1982, passado mais de um ano depois do fim do Yes, Chris Squire e Alan White formaram um novo grupo, chamado Cinema, junto com o guitarrista Trevor Rabin (do Rabbit). O primeiro tecladista do Yes, Tony Kaye, foi chamado de volta para participar, já que Squire acreditava que a técnica mais direta de Kaye iria cair bem para a banda. Rabin, que já era um artista solo com três discos lançados, ajudou a compor “Owner of a Lonely Heart”. Seu direcionamento pop deu a música um apelo comercial o suficiente para fazê-la ter destaque na era MTV, mas ainda assim, ela trazia alguns aspectos do estilo original do Yes – em especial, as harmonias vocais. Originalmente, os vocais seriam de Rabin e Squire, mas no começo de 1983, Chris Squire tocou para Jon Anderson algumas das músicas do Cinema em uma festa em Los Angeles. Impressionado por músicas como “Leave It”, Anderson aceitou o convite de Squire de cantar nesse novo projeto, resultando numa reformulação “acidental” do Yes. Muitos fãs chamam essa formação de “Yes do Oeste”, devido à residência da banda em Los Angeles e sua nova sonoridade, tipíca de bandas pop americanas. Essa versão do Yes também é chamada de “Generators”, originado do nome do segundo disco dessa formação, Big Generator. A nova sonoridade desagradou muitos fãs, por abrir mão de suas caracteristícas originais para se valer de músicas próprias para se tocarem em rádios. No entanto, deve ser notado que muitos fãs do Yes gostam dos dois períodos. O primeiro disco da banda desde a reunião, 90125 (produzido pelo ex-vocalista Trevor Horn), apresentou uma mudança radical em relação a seu som original. Era mais visceral, com efeitos eletrônicos modernos. 90125 foi o disco do Yes mais bem-sucedido, eventualmente vendendo mais de seis milhões de cópias e assegurando um longo tempo de durabilidade para o Yes, com uma turnê que durou mais de um ano. A música “Owner of a Lonely Heart” foi um sucesso em várias paradas (e sampleada inúmeras vezes desde então), inclusive no Brasil, onde até hoje é talvez a música mais famosa da banda. O tecladista que aparece no videoclipe da música é Eddie Jobson. Yes também obteve sucesso com “Leave It” e “It Can Happen”, e ganhou um Grammy por Melhor Instrumental de Rock (“Cinema”, uma jam-session curta e complexa), sugerindo que o grupo não abandonou por completo sua musicalidade em troca de sucesso comercial, como alguns fãs alegam. O álbum de sucesso também gerou um vídeo (9012Live) e um disco ao vivo (9012Live: The Solos) que incluia peças solo de Anderson, Rabin, Squire e Kaye, além de uma jam entre Squire e White. Em 1986, o Yes começou a gravar Big Generator. Infelizmente, problemas internos (principalmente entre Squire e Anderson) ameaçavam o encerramento do processo de gravação, e Trevor Rabin acabou finalizando sua produção. Apesar de Big Generator (1987) não ter sido tão bem-sucedido quanto 90125, ainda assim conseguiu vender dois milhões de cópias. Alguns fãs do Yes consideram Big Generator como sendo mais fiel ao som original do Yes do que seu predecessor, graças a um esforço concentrativo de gravar músicas mais longas como “I’m Running” do que as faixas mais pop. “Love Will Find a Way” se saiu moderadamente bem nas paradas, juntamente com “Rhythm of Love”, quase passando do Top 40. A turnê de 1988 terminou com um show no Madison Square Garden, como parte das comemorações de quarenta anos da Atlantic Records, mas deixou os membros do Yes exaustos e frustrados uns com os outros. Jon Anderson começou a demonstrar sinais de cansaço do direcionamento do novo Yes. Ele queria que a banda voltasse a seu som clássico. Após a turnê de 1988, Anderson, assegurando que jamais ficaria na banda pelo dinheiro, começou a trabalhar com os ex-membros do Yes Rick Wakeman, Steve Howe e Bill Bruford. Alguns na banda (em particular, Bill Bruford) queriam se distanciar do nome “Yes”. Além disso, os ex-membros do Yes não poderiam usar o nome da banda, já que Squire, White, Kaye, Rabin e, irônicamente, Anderson, estavam mantendo os direitos sobre ele, desde o contrato de 90125. Subsequentemente, o novo grupo se chamou Anderson Bruford Wakeman Howe, ou simplesmente ABWH. O projeto incluía Tony Levin no baixo, trazido na banda por Bruford, com quem havia trabalhado no King Crimson. Com um apelo musical atraente para fãs antigos e novos do Yes, o álbum-intitulado foi lançado em 1989, com um sucesso moderado que chegou a render um disco de ouro, impulsionado pelo vídeo de “Brother of Mine”, sucesso na MTV. No entanto, eles não gravaram tudo em conjunto como faziam nos anos 1970, e, ao invés disso, tiveram suas partes gravadas individualmente para depois serem organizadas por Anderson. Howe disse à imprensa que estava descontente com a mixagem de suas guitarras no disco (uma versão de “Fist of Fire” com maior destaque para as guitarras de Howe viria a aparecer no box set In a Word, lançado em 2001). De acordo com Bruford, o crédito de quatro nomes não significava que foi este o modo como o processo de composição ocorreu. Depois do lançamento do álbum, batalhas legais (iniciadas pela Atlantic Records) complicaram o uso do título da turnê do ABWH, An Evening of Yes Music Plus, gravação ao vivo na qual tinha Jeff Berlin substituindo Levin, forçado a ficar em reposuo durante duas semanas devido a uma doença. Além disso, os shows tinham músicos extras: Julian Colbeck nos teclados e Milton McDonald nas guitarras. A turnê alternava músicas do ABWH com clássicos do Yes, e cada noite abria com pequenos solos de cada um dos quatro membros do Yes. Enquanto isso, o Yes estava trabalhando no seu novo trabalho. A banda começou a fazer testes com um novo vocalista, trabalhando com o ex-Supertramp Roger Hodgson e com o letrista Billy Sherwood, do World Trade. Hodgson gostou da estadia, mas preferiu não fazer parte da banda. A gravadora do ABWH, Arista Records, encorajou o quarteto à procurar compositores, e Trevor Rabin demonstrou interesse, enviando-lhes uma demo. A Arista percebeu o potencial comercial que teria uma reunião do Yes. No decorrer do começo do ano 1991, telefonemas foram feitos, advogados empregados, e propostas feitas, resultando no Yes do Oeste se unindo ao ABWH para fazer o álbum Union. Cada grupo fez suas próprias canções, com Jon Anderson cantando em todas as faixas. Chris Squire fez vocais de apoio para algumas das faixas do ABWH. As partes de baixo de todo o disco foram feitas por Tony Levin. Uma turnê mundial reuniu todos os oito membros da banda no mesmo palco, em uma formação “Mega-Yes”, de pouca longevidade, que consistia em Anderson, Squire, Howe, Rabin, Kaye, Wakeman, Bruford e White, mas o disco em si provou-se ser menos do que a soma das duas partes. Claramente uma combinação de duas gravações distinas, nenhuma das músicas apresentava os oito membros simultaneamente. Dois terços eram na verdade composições do ABWH, enquanto Rabin e Squire contribuíram para quatro músicas (contando com uma colaboração de Billy Sherwood). Praticamente toda a banda declarou publicamente seu descontentamento do produto final, graças ao envolvimento secreto do produtor Jonathan Elias com músicos de estúdio depois das sessões iniciais; Bruford perdeu praticamente toda sua participação no disco, e Wakeman não foi capaz de reconhecer nenhuma de suas partes de teclado na edição final. A turnê do projeto apresentava músicas de toda a carreira da banda, e foi uma das turnês mais ambiciosas realizadas entre 1991 e 1992. Quando a turnê acabou em 1992, Bill Bruford e Steve Howe gravaram um disco com reinterpretações intrumentais de músicas do Yes através de uma orquesta, com vocais de Jon Anderson em duas músicas. Chamado Thy Symphony Music of Yes, o disco oferecia novas versões de clássicos do Yes e foi produzido pela lenda do rock progressivo Alan Parsons. Depois do lançamento do álbum, Bruford preferiu se afastar de possíveis novos projetos do Yes. Jon Anderson começou a escrever com Howe e Rabin, separadamente, mas eventualmente Howe não foi convidado a participar do próximo disco pela gravadora Victory records, que propôs à Rabin que a formação de 90125 voltasse. Rabin propôs que Wakeman estivesse incluído. Em 1993, Wakeman teve que recusar o convite, tendo mais tarde expressado seu arrependimento de não ter tocado junto com Rabin (Rabin declarou o mesmo) – exceto sob o projeto Union, apesar de que Rabin fez uma participação especial em um álbum solo de Wakeman, Return to the Centre of the Earth (1999). O Yes voltou com sua formação famosa da década de 1980, contando com Anderson, Squire, Rabin, Kaye e White. Em 1994, o Yes lançou Talk, um dos discos menos vendidos da banda. Com fraca divulgação por parte da gravadora e das rádios americanas, “The Calling” passou quase despercebida, mesmo sendo um dos singles do Yes com mais potencial de sucesso desde “Owner of a Lonely Heart”. David Letterman ouviu a canção em seu carro e imediatamente pôs-se a procurar essa “nova banda”, com a intenção de chamá-los para seu programa, o que de fato aconteceu, no dia 20 de Junho de 1994, aonde tocaram “Walls”. A colaboração de Jon Anderson e Trevor Rabin resultou numa fusão memorável do “novo” e do “velho” Yes. Alguns frutos do trabalho da banda com Roger Hodgson também apareceram no álbum. Na turnê de 1994, o guitarrista e vocalista Billy Sherwood, que teve parte na composição de “The More We Live”, do Union, junto com Squire, se uniu à banda. Perto do fim de 1995, Tony Kaye e Trevor Rabin saíram da banda, com Rabin partindo para uma muito bem-sucedida carreira compondo trilhas sonoras e Kaye se aposentando da carreira musical (apesar de ter tocado órgão Hammond em várias faixas do projeto de Billy Sherwood Return To The Dark Side of the Moon, em 2006). Provando ser verdadeiro o provérbio “nunca diga nunca”, a banda surpreendeu e emocionou fãs ao reformar a formação clássica dos anos 1970, composta de Anderson, Squire, White, Howe e Wakeman para três shows na cidade de San Luis Obispo, na Califórnia, em 1996. As gravações renderam os discos ao vivo Keys to Ascension e Keys to Ascension 2. A parte 2, em particular, contava com 48 minutos de novas músicas. A banda ficou desapontada pelo novo material não ter sido lançado como um disco de estúdio separado, que teria o título Know. As novas faixas foram lançadas posteriormente como Keystudio. Wakeman saiu do grupo antes do lançamento de Keys to Ascension 2 depois que uma turnê do Yes foi planejada sem sua decisão ser consultada, e também pela sua frustração sobre a decisão de enterrar as faixas de Keystudio no meio de álbuns ao vivo redundantes. Billy Sherwood imediatamente se uniu ao Yes, na guitarra e nos teclados. Open Your Eyes, lançado em 1997, originalmente seria um projeto colaborativo do duo Conspiracy, composto por Sherwood e Squire – ambos são amigos próximos. No entanto, para suprir a necessidade de um novo disco de estúdio por essa formação, foi decidido que seria um álbum do Yes. A turnê subseqüente apresentava poucas faixas do novo disco, e se concentrava mais no material clássico do Yes, como “Siberian Khatru”. O retorno de Steve Howe para o Yes ao vivo, juntamente com uma maior enfâse no Yes dos anos 1970, foi considerado um projeto empolgante por muitos fãs. A turnê também contou com os teclados do russo Igor Khoroshev, que tocou em algumas faixas de Open Your Eyes. Igor foi efetivado como membro fixo da banda para o próximo disco, The Ladder. Muitos fãs consideram The Ladder como o retorno definitivo ao som clássico do Yes, principalmente devido aos teclados de Khoroshev, cujas performances ao vivo conseguiam reproduzir as partes de teclado de Wakeman com fidelidade maior, talvez, do que o próprio Wakeman. O trabalho de Sherwood ao vivo se limitava a fazer vocais e guitarras de apoio, com alguns momentos de destaque reproduzindo solos das músicas da era de Trevor Rabin. Howe se recusava a tocar os solos de Rabin, alegando que seu estilo não se encaixava naqueles tipos de solo (Howe nunca demonstrou simpatia por Rabin como membro do Yes, dizendo que Rabin simplicava suas partes de guitarra e que foi o responsável por ter “destruído” o som da banda, principalmente em Talk; Rabin, obviamente, discorda). A turnê de 1999 resultou em um DVD da performance nos House of Blues de Los Angeles. “Homeworld (The Ladder)”, música de The Ladder, foi escrita para o jogo de computador de estratégia em tempo real Homeworld, da Relic Entertainment, e foi usado como tema nos créditos do jogo. Sherwood voltou às suas atividades originais na banda na turnê Masterworks, em 2000, que apresentava um revival da canção “The Gates of Delirium” (do disco Relayer). Khoroshev foi demitido depois da turnê devido várias controvérsiais devido à sua conduta nos bastidores incluindo uma acusão de abuso sexual, pouco antes do lançamento de Magnification, em 2001, primeiro disco com orquestra desde Time and a Word. Esse é o único álbum do Yes a não conter um tecladista fixo. A banda não só foi auxiliada por uma orquestra de sessenta músicos, como também teve partes especificas e alguns arranjos escritos pelo compositor de trilhas-sonoras Larry Groupe para serem tocados pela orquestra, soando como se a orquestra fosse um membro permanente. Para a turnê foi contratado o tecladista Tom Brislin. Em 20 de Abril de 2002, Rick Wakeman voltou para a banda, participando de uma turnê mundial. A formação clássica teve uma revitalização na sua presença no consciente popoular, especialmente durante a celebração de seu 35º aniversário. Graças a uma votação online de músicas populares para serem tocadas, a banda adicionou “South Side of the Sky” em seu set list, um fato surpreendente, já que ela raramente era tocada, mesmo nas turnês de Fragile. Essa revitalização mostrou-se durante um show no Madison Square Garden, em Nova York. Perto do fim da música “And You And I”, aonde Howe termina de tocar sua parte na lap steel guitar, antes das últimas notas acústicas, a banda foi entusiasticamente ovacionada por vários minutos. A interrupção foi tamanha que quando findaram, os roadies já haviam retirado a guitarra de Howe – Wakeman teve então que tocar a última parte com Anderson cantando. Foram momentos de muita emoção que evocaram os áureos anos 1970 onde apresentações desta magnitude eram feitas diariamente. Mais um record proporcionado pelo MSG ao Yes que, durante a turnê do disco Drama, nos anos 1980, teve sua capacidade máxima (vinte mil pessoas) alcançada nas três noites em que ali se apresentou. Nos últimos shows da turnê, a banda tocou algumas músicas de forma acústica na última metade do concerto, depois de fazer uma apresentação ao vivo via satélite como parte da estréia do documentário Yesspeak. Em 2005, o DJ Max Graham remixou “Owner of a Lonely Heart”, creditada como Max Graham Vs. Yes. A música alcançou o Top 10 britânico. Desde 2005, o Yes está em um hiato indefinido; membros da banda estão envolvidos em vários projetos solo. Alan White formou uma nova banda, White, com Geoff Downes; o disco de estréia, auto-intitulado, foi lançado no dia 18 de Abril de 2006. Chris Squire se uniu a uma versão reformulada do The Syn em 2004. Foram feitos planos para uma turnê reunindo White, The Syn e Steve Howe para tocar músicas do Drama, foi cancelada devido a problemas com passaporte para os músicos ingleses após os atentados de Julho de 2005 em Londres. Alan White saiu em turnê em 2006. No dia 16 de Maio do mesmo ano, Squire anunciou que saiu do The Syn. No mesmo dia, os membros originais do Asia, incluindo Howe e Downes, anunciaram que se reuniriam para uma turnê de 25º aniversário, com início em Setembro. Em Outubro de 2005, Jon Anderson disse que seria pouco provável que o Yes saísse em turnê em 2006, mas um disco de estúdio no início de 2007 seria a hipótese mais considerada dentre os projetos da banda. Anderson e Wakeman fizeram uma turnê juntos em Outubro de 2006, e o setlist da maioria dos shows incluía material do Yes, ao lado de músicas das carreiras solo de ambos, e pelo menos uma canção da época de Anderson Bruford Wakeman Howe. Em Fevereiro de 2007, Jon Anderson concedeu uma entrevista para uma rádio na Filadélfia, dizendo que o Yes provavelmente vai se reunir em 2008 para uma turnê para comemorar o 40º aniversário da banda, e que Roger Dean estará criando as projeções artistícas para os shows. Em Março de 2008 o grupo anunciou para julho o início da turnê mundial “Close to the edge and back”, comemorativa dos quarenta anos (Jon Anderson declarou em recente entrevista que se trata de 41 anos) com concerto inicial no Canadá, passando a seguir pelos Estados Unidos. Fariam parte Anderson, Squire, Howe, White e, Oliver Wakeman, filho de Rick, nos teclados (em seu sítio, Rick Wakeman informou que por problemas de saúde não está em condições de fazer grandes turnês.) Oliver já tocou no passado com Howe, nos discos The 3 ages of magick (2001) e Spectrum (2005), fato este que facilitou sua indicação para os teclados da banda. Apesar do anúncio, a turnê foi cancelada recentemente, no início de Junho de 2008. O motivo seria a saúde frágil do vocalista Jon Anderson, internado em Maio com problemas respiratórios, o que, por conselhos médicos deverão manter Anderson em repouso pelos próximos seis meses sob o risco de agravamento de seu estado. “Gostaria que todos soubessem que estou muito decepcionado com essa reviravolta”, disse o vocalista em uma mensagem aos fãs e à imprensa. “Eu estava ansioso para celebrar nossa música com a família incrível que são os fãs do Yes, mas como todos sabemos a saúde deve vir em primeiro lugar”, conclui. Entretanto para surpresa de muitos fãs, os demais integrantes do Yes decidiram no início de setembro de 2008 tocar adiante a turnê e contrataram o vocalista Benoit David, da banda de rock progressivo Mistery. Esse fato não agradou a Jon Anderson que afirmou ao site MelodicRock que “se sentia decepcionado e desapontado com isso. Com a exceção de Alan (White, baterista), nenhum deles entrou em contato comigo desde que tive o problema de saúde. Fico desapontado também por eles não esperarem a minha recuperação até 2009. Esta não é uma turnê do Yes”, afirmou o músico. Após anunciar as novas datas e locais (EUA e México) para o início de 2009, o grupo cancelou todas as apresentações devido a uma cirurgia de urgência que foi feita em Squire (perna direita) e, por recomendação médica, deverá permanecer em repouso por algumas semanas.

TERNO DE DAMAS

O  trio vocal Terno de Damas, formado em 1997, é atualmente composto por Heloisa Araújo, Denise Matta e Celina Gusmão. O grupo é dirigido pelo maestro Adilson Rodrigues, que também é responsável pelos arranjos. Em sua trajetória o Terno de Damas desenvolveu um repertório baseado em diversos gêneros e momentos da canção popular, incluindo compositores como Ary Barroso, Zeca Baleiro, Chico Buarque, Itamar Assumpção, Luis Melodia, Tom Jobim e Caetano Veloso, José Miguel Wisnik, Luiz Gonzaga, Tom Zé, entre outros. O trio se apresentou em bares paulistanos conhecidos pela qualidade da sua programação de música ao vivo, como o Bar Avenida, Vou Vivendo, Café Piu Piu, All of Jazz, KVA, Supremo Musical e Villaggio Café e também fez shows em teatros de prestígio, como o Crowne Plaza e o Tom Brasil. Em 2001, o trio gravou o CD “Terno de Damas”, produzido por Mário Manga. Em 2002 participou, ao lado do Trio Futricando, do CD “Vida”, produzido por Cláudio Duarthe. Em novembro deste mesmo ano, o grupo foi selecionado pelo jornalista e crítico musical Carlos Calado para participar do projeto de divulgação de novos talentos “Prata da Casa”, com apresentação no teatro do Sesc Pompéia. Em 2003, o Terno de Damas participou do projeto “Ouvindo Vozes”, no Sesc Vila Mariana, e fez apresentações no Sesc Araraquara, Sesc Campinas, Café Piu Piu e Teatro Crowne Plaza. Em 2004 e 2005, os shows foram no Supremo Musical, Villaggio Café, Sesc Vila Mariana, XII Festival de Artes de Itu, Ton Ton Jazz, Tom Jazz, além da participação nos projetos “Veja São Paulo” (no Litoral Norte e em Campos do Jordão); e em 2006, no Sesc Bauru. Em sua trajetória, cantou também em diversos eventos para empresas e, junto com o coral Cantoria, se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Cultura Artística, Sala São Paulo e Teatro Sérgio Cardoso. As vozes: Heloísa Araújo cantou em corais antes de integrar o Terno de Damas. Estudou percepção musical com Ricardo Breim, técnica vocal com Sandra Ximenes, Selma Boragian e Eduardo Figueiredo. elina Gusmão cantou no coral dos funcionários da Escola Vera Cruz, onde é professora de artes plásticas. Aperfeiçoou-se em técnica vocal com Sandra Ximenes e Edu Aguiar. enise Matta cantou no Grupo Beijo / Coralusp, acompanhou a cantora Marluí Miranda em seus trabalhos Ihu – Todos os sons e Ihu – Kewere /Rezar, apresentou-se na ExpoSP – Lisboa. É professora de técnica vocal da TIM, Instituto Música para Todos. Grava jingles e trilhas. iretor: dilson Rodrigues é bacharel em Composição e Regência e há 20 anos dirige corais e grupos vocais em São Paulo. Neste período também fez a direção musical de várias montagens teatrais, vídeos e shows. Há dez anos é cantor e diretor musical da orquestra Cometa Gafi. A Banda: As apresentações do Terno de Damas são atualmente acompanhadas pelos músicos: Maurício Marques no piano ou teclado;  Claudio Vecchiato na bateria e percussão;  Sylvinho Mazzucca no baixo. Vale a pena conferir: http://www.myspace.com/ternodedamas.trio vocal Terno de Damas, formado em 1997, é atualmente composto por Heloisa Araújo, Denise Matta e Celina Gusmão. O grupo é dirigido pelo maestro Adilson Rodrigues, que também é responsável pelos arranjos. Em sua trajetória o Terno de Damas desenvolveu um repertório baseado em diversos gêneros e momentos da canção popular, incluindo compositores como Ary Barroso, Zeca Baleiro, Chico Buarque, Itamar Assumpção, Luis Melodia, Tom Jobim e Caetano Veloso, José Miguel Wisnik, Luiz Gonzaga, Tom Zé, entre outros. O trio se apresentou em bares paulistanos conhecidos pela qualidade da sua programação de música ao vivo, como o Bar Avenida, Vou Vivendo, Café Piu Piu, All of Jazz, KVA, Supremo Musical e Villaggio Café e também fez shows em teatros de prestígio, como o Crowne Plaza e o Tom Brasil. Em 2001, o trio gravou o CD “Terno de Damas”, produzido por Mário Manga. Em 2002 participou, ao lado do Trio Futricando, do CD “Vida”, produzido por Cláudio Duarthe. Em novembro deste mesmo ano, o grupo foi selecionado pelo jornalista e crítico musical Carlos Calado para participar do projeto de divulgação de novos talentos “Prata da Casa”, com apresentação no teatro do Sesc Pompéia. Em 2003, o Terno de Damas participou do projeto “Ouvindo Vozes”, no Sesc Vila Mariana, e fez apresentações no Sesc Araraquara, Sesc Campinas, Café Piu Piu e Teatro Crowne Plaza. Em 2004 e 2005, os shows foram no Supremo Musical, Villaggio Café, Sesc Vila Mariana, XII Festival de Artes de Itu, Ton Ton Jazz, Tom Jazz, além da participação nos projetos “Veja São Paulo” (no Litoral Norte e em Campos do Jordão); e em 2006, no Sesc Bauru. Em sua trajetória, cantou também em diversos eventos para empresas e, junto com o coral Cantoria, se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Cultura Artística, Sala São Paulo e Teatro Sérgio Cardoso. As vozes: Heloísa Araújo cantou em corais antes de integrar o Terno de Damas. Estudou percepção musical com Ricardo Breim, técnica vocal com Sandra Ximenes, Selma Boragian e Eduardo Figueiredo. elina Gusmão cantou no coral dos funcionários da Escola Vera Cruz, onde é professora de artes plásticas. Aperfeiçoou-se em técnica vocal com Sandra Ximenes e Edu Aguiar. enise Matta cantou no Grupo Beijo / Coralusp, acompanhou a cantora Marluí Miranda em seus trabalhos Ihu – Todos os sons e Ihu – Kewere /Rezar, apresentou-se na ExpoSP – Lisboa. É professora de técnica vocal da TIM, Instituto Música para Todos. Grava jingles e trilhas. iretor: dilson Rodrigues é bacharel em Composição e Regência e há 20 anos dirige corais e grupos vocais em São Paulo. Neste período também fez a direção musical de várias montagens teatrais, vídeos e shows. Há dez anos é cantor e diretor musical da orquestra Cometa Gafi. A Banda: As apresentações do Terno de Damas são atualmente acompanhadas pelos músicos: Maurício Marques no piano ou teclado;  Claudio Vecchiato na bateria e percussão;  Sylvinho Mazzucca no baixo. Vale a pena conferir: http://www.myspace.com/ternodedamas.

Uma visão feminina sobre a relação entre mães e filhas – eis aí do que trata Diário Perdido, de Julie Lopes Curval. São três gerações de mulheres que se entreolham (simbolicamente) e tentam entender o progresso social da condição feminina, e os preços cobrados no percurso. A discussão é levada através da história de Audrey (Marina Hands), ultraliberada, que mora no Canadá e vai visitar a família na França. Lá se encontra com a mãe, Martine (Catherine Deneuve), mulher dominadora e seca como três desertos. Mas há outra figura feminina oculta, a avó de Audrey e mãe de Martine, Louise (Marie-Josée Croze), desaparecida de maneira misteriosa, porém evocada de diversas maneiras. Primeiro, pela lembrança das personagens; segundo, quando, fuçando na cozinha, Audrey descobre o diário da avó e procura compreender o que pode ter acontecido à família. Mãe atormentada. A diretora Julie Lopes Curval conta essa história com sensibilidade e sem inventar muito em termos de linguagem. Faz um filme terno, duro quando necessário, eficaz. A grande figura não é Audrey, cheia de conflitos, mas sua mãe, a também atormentada Martine, bem interpretada por Catherine Deneuve. Sua personagem vê-se obrigada a enfrentar algo que deseja reprimir: o passado, no qual foi abandonada, junto com o irmão, por uma mãe que tinha aspirações modestamente liberais para sua época, mas era tolhida pelo marido. A construção da figura de Louise se dá através de flashbacks, quando então a história recua ao tempo em que Martine era apenas uma menina insegura. Além de balanço dos ganhos e perdas da condição feminina, o filme investe na linha investigativa – trata-se de descobrir e resolver mistérios envolvendo gente da família, personagens queridos, mas que produziram feridas no passado. Sem grandes novidades, Diário Perdido é sensível e correto, em sua boa medida entre emoção e razão.

Primeiro foi Nelson Rodrigues. Depois, Lamartine Babo. Agora, Antunes Filho encerra sua trilogia em homenagem ao Rio com Policarpo Quaresma, baseado no clássico ‘Triste Fim de Policarpo Quaresma’, de Lima Barreto. O diretor conta que a ideia de encenar esta fábula sobre as raízes da república nasceu de um desejo de dar ao livro a importância que ele merece. Para Antunes, Policarpo é um personagem fundamental da literatura brasileira. Mas a obra de Barreto é essencialmente descritiva e são os diálogos a matéria-prima do teatro. Como isso foi resolvido? “Com um trabalho insano”, diz Antunes. O mergulho na nostalgia de um Rio dos anos 60 e 70 parece ter feito bem a Antunes, que se mostra ávido por novas criações. Ele diz que está cansado do debate sobre o papel do teatro contemporâneo. “Temos que discutir essas coisas todas, mas, mais do que nunca, o que me interessa é o humano.” A adaptação de ‘O Triste Fim de Policarpo Quaresma’, que estreia nesta sexta, 26, é oportuna. O crítico literário Ivan Teixeira classifica a obra como “uma espécie de oração principal em uma grande frase de protesto contra a sociedade de seu tempo”. Tal como faz Antunes Filho. O diretor busca um teatro afinado com o presente. Ainda que considere que seu tempo (o dele e o seu) seja mal-interpretado por muitos contemporâneos. Policarpo Quaresma – ONDE: Sesc Consolação. Teatro (320 lug.). R. Dr. Vila Nova, 245, 3234-3000. QUANDO: 6ª e sáb., 21h; dom., 19h. QUANTO: R$ 20.

Os fãs de Nelly Furtado receberam, via Twitter, a notícia de que a cantora passaria pelo país. Só não se sabe agora quais serão suas primeiras palavras ao entrar no palco: ‘good evening’, ‘buenas noches’ ou ‘boa noite’. Ela é canadense, mas seus pais são portugueses, o que facilita a comunicação com fãs brasileiros. Só que, quando esquece uma palavra, Nelly se vira mesmo com o inglês e o espanhol. Menos menininha (e mais mulherão) do que em sua última vinda ao país, em 2002, ela apresenta a turnê do disco ‘Mi Plan’, o quarto da carreira – e o primeiro totalmente em espanhol. Mas ela está preocupada com uma possível rejeição ao idioma no Brasil. “É verdade que meus fãs brasileiros não querem que eu cante músicas em espanhol nos show?”, perguntava, novamente pelo Twitter. Ainda no microblog, Nelly consultou seus seguidores sobre quais canções queriam no repertório. Já sabe que hits como ‘Turn Off The Light’ e ‘Say It Right’ estão garantidos. Em inglês. Nelly Furtado – ONDE: Via Funchal (6.000 lug.). R. Funchal, 65, V. Olímpia, 2144- 5444. QUANDO: Sáb. (27), 22h. QUANTO: R$ 180/R$ 300.

50 ANOS DE RENATO RUSSO

Neste sábado, 27, os fãs da Legião Urbana têm mais um motivo para relembrar a banda. Esta é a data em que Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo, completaria 50 anos. Quase 15 anos após a morte do cantor, a banda, que acumula cerca de 14 milhões de álbuns vendidos, ainda é lembrada como uma das mais importantes do rock nacional – e Renato como um compositor ímpar, com letras que marcaram gerações e que até hoje mantém um fiel séquito de fãs e admiradores. Nascido no Rio de Janeiro, Renato Russo passou grande parte de sua vida em Brasília, local onde a Legião foi formada. O cantor morreu cedo, em 1996, aos 36 anos, em decorrência de complicações de saúde por conta do HIV. Logo após sua morte, os outros dois integrantes do grupo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, anunciaram o fim oficial da Legião Urbana. Aos 13 anos, o cantor, junto à sua família, deixou o Rio em direção a Brasília. A contextualização da trajetória de Renato Russo com a cidade foi retratada na biografia Renato Russo – O Filho da Revolução, do jornalista Carlos Marcelo Carvalho, lançada no ano passado. O fato de Renato ter nascido no mesmo ano em que Brasília foi inaugurada atraiu o autor, que decidiu então elaborar o livro, fruto de nove anos de pesquisa e mais de 100 entrevistas. “Renato era um símbolo de um processo muito intenso que aconteceu no Brasil na segunda metade do século XX. Isso era muito simbólico, mas nada teria importância se ele não tivesse refletido esse aspecto nas suas letras, especialmente na primeira fase da Legião”, disse o autor, em entrevista ao site da Rolling Stone Brasil. Mais do que letras de amor, Renato elaborava composições engajadas, que exprimiam a realidade que não só ele vivia, mas também sua geração. “Falava de valores que eram muito importantes para jovens do Brasil inteiro. Essa habilidade que ele tinha de criar uma experiência coletiva, a partir do individual, talvez seja o que contribua para que a obra dele permaneça tão atual”, acredita Carlos, concluindo que Renato pode ser tido como “um grande cronista de seu tempo.” LEIA UM TRECHO da biografia Renato Russo – O Filho da Revolução. Artista nato, Renato permaneceu em Brasília por 12 anos, período em que exerceu diversas atividades, de professor de inglês a jornalista de rádio. Pisou em um palco pela primeira vez como ator de teatro e teve seu primeiro material publicado não em uma canção, mas em um livro de poesias marginais. “Ele tentou todos os tipos de expressão artística até se firmar no rock”, conta Carlos. Renato baseava-se no que lia, no que vivia e no que observava ao seu redor para escrever. “Essas três coisas foram essenciais para compor sobre sentimentos que eram inerentes a toda sua geração. Ao falar do eu, falava de todos. Acho que essa foi sua grande habilidade como letrista.” O amigo, guitarrista e ex-parceiro de banda, Dado Villa-Lobos, concorda com o jornalista em relação às composições do Renato. Para Dado, “a força que suas canções atingiram é o maior legado” deixado pelo cantor. “Ele conseguiu fazer com que as pessoas cantassem músicas que têm Camões e a Bíblia na mesma letra. Sem contar o privilégio que é poder ouvir aquela voz”, relembra. Marcelo Bonfá, ex-baterista da Legião, explica o talento de Renato como um dom intensificado pela formação do artista. “As coisas vinham de dentro e ele sabia manipular isso muito bem porque, acima de tudo, era um cara muito letrado.” Por meio de suas canções, Renato Russo falava de forma lírica, mas clara e universal, sobre os distúrbios da humanidade. E tais composições continuam sendo ouvidas hoje, como se tivessem sido feitas nos anos 2000. “Depois de quase duas décadas a coisa piorou bastante: desde a produção musical, do pensamento e da atitude das pessoas. Hoje, Renato estaria com muitos recursos para continuar escrevendo o que escrevia. Ele teria bastante inspiração”, fantasia, aos risos, Dado. Muitos “Renatos” –  Renato Russo era conhecido por ter um humor bastante inconstante, que oscilava entre alegria e tristeza em curtos espaços de tempo. Muitas vezes, brigas com integrantes da banda e amigos faziam parte de sua rotina. “O Renato era ‘muitos'”, argumenta Carlos Marcelo. “Na família ele era o Júnior, entre os amigos era o Renato, na sala de aula era o Manfredini e, para cada um desses, ele tinha um comportamento particular.” Marcelo Bonfá diz que essas alternâncias eram próprias da personalidade dele, mas também potencializadas pelo uso de drogas. Mesmo assim, entre os amigos, “Juninho” era um cara extremamente doce. Dado afirma guardar apenas boas lembranças, relembradas por ele todo dia 27 de março, como em um ritual. “[Lembro] principalmente dos dias de domingo, comendo cachorro-quente em casa e jogando aquela brincadeira de adivinhar, tipo mímica”. Segundo ele, nestes momentos, Renato era um cara bastante divertido, do tipo que falava besteiras o tempo inteiro, uma pessoa “leve, tranquila e engraçada”. “Mas ele tinha o lado negro, ácido do rock. As oscilações de personalidade entre o Juninho e o Russo eram enormes, e quando ele encarnava o fundo do poço era terrível”. Essas várias facetas também se manifestavam nas ambições artísticas de Renato. De acordo com Carlos, a partir de materiais e anotações encontrados no apartamento do cantor, localizado no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro (local mantido pela família Manfredini até hoje), Renato não se enxergava como o vocalista da Legião Urbana pelo resto de sua vida. “Ele tinha três planos: um era ser músico, depois cineasta e, por fim, escritor. Ele mesmo não encarava o rock como uma profissão que seria levada pelo resto da vida.” Legião Urbana – Não há como falar de Legião Urbana sem falar de Renato Russo. Assim como é impossível falar de Renato Russo sem citar a Legião Urbana. A banda foi formada em agosto de 1982, após o término do antigo grupo liderado por Renato, o Aborto Elétrico. Na ocasião, Russo brigou com o baterista Fê Lemos, que depois se juntou ao irmão Flávio e a Dinho Ouro Preto, formando o Capital Inicial. A primeira formação da Legião contou com Renato (que além de cantar, também atuava como baixista), Marcelo Bonfá (baterista), Paulo Paulista (tecladista) e Eduardo Paraná (guitarrista). Dado Villa-Lobos entrou em 1983, quando Paulista e Paraná saíram. O baixista Renato Rocha entrou no mesmo ano em que Dado, deixando a banda no lançamento do quarto álbum, As Quatro Estações, em 1989 – considerado o maior sucesso da Legião, tendo alcançado a marca de 1,8 mi de cópias vendidas. O legado dos treze álbuns lançados pela banda – oito de estúdio, três ao vivo e duas coletâneas -, marcou a música brasileira, com composições, em geral, de autoria do vocalista. Entre os maiores sucessos estão “Geração Coca-Cola”, “Eduardo e Mônica”, “Ainda É Cedo”, “Pais e Filhos”, “Será” e “Índios”, para citar apenas alguns. Para celebrar os 50 anos de Renato Russo, a EMI lança neste sábado, 27, o álbum Renato Russo: Duetos. O CD, idealizado por Marcelo Fróes, com o aval da família Manfredini, traz 15 gravações de Renato com amigos e pessoas de seu convívio. Apenas seis faixas são duetos póstumos, gravados em novembro de 2009: Caetano Veloso, Cássia Eller (voz editada em estúdio), Célia Porto, Fernanda Takai, Laura Pausini e Leila Pinheiro. À exceção de “Vento do Litoral”, gravada nas sessões do disco V, da Legião, todas as vozes de Renato nestes duetos inéditos são das sessões dos seus dois primeiros discos solo: The Stonewall Celebration Concert, de 1994, e Equilíbrio Distante, de 1995. Em 1997, cerca de um ano após a morte do cantor, foi lançado o disco O Último Solo, também com músicas feitas fora da Legião. Reunião –  A primeira vez em que Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos se reuniram, sem Renato Russo, foi em Montevideo, no Uruguai, em dezembro de 2008. Na ocasião, várias bandas uruguaias se juntaram para prestar uma homenagem à Legião Urbana. O repertório contava com 20 músicas da banda – todas cantadas por eles, sendo dez delas com a participação de Bonfá e Villa-Lobos. “Foi uma surpresa! O mais legal foi ver eles cantando versos tipo ‘Hoje a noite não tem lugar’, em português, com aquele sotaque”, lembra Dado. A partir de então, a dupla repetiu esse formato no ano passado, em Brasília, no Porão de Rock, com a participação dos vocais de André Gonzáles, do Móveis Coloniais de Acaju. Na virada do ano, eles foram convidados pela prefeitura de Fortaleza para fazer um show no mesmo estilo, com uma diferença: a apresentação aconteceu na praia, para um milhão de pessoas. Desta vez, quem interpretou Renato Russo foi o Catatau, do Cidadão Instigado. A dupla pretende tocar em aproximadamente sete cidades durante este ano. A ideia é fazer como das últimas três vezes: chamar um cantor local tomar o posto de vocalista. Dado explica: “Mas não é para voltar com a banda. É simplesmente para comemorar justamente esse legado todo”. No momento, ainda não há nenhuma data confirmada.

CHRIS LINNARES NO TAH LIGADO!

Dia 09 de abril Maga Lieri & Paulo Ragassi receberão no PROGRAMA TAH LIGADO! às 15 h pela http://www.alltv.com.br CHRIS LINNARES. Chris Linnares, psicóloga e autora da aclamada obra Divas no Divã, tem emocionado e encantado platéias em todo o Brasil com suas palestras-show, DVDs, livros e Comédia Teatral. Após se casar e mudar dos trópicos do Brasil para a gélida Fargo, em North Dakota (EUA), Chris teve que se deparar com um dos momentos mais difíceis de sua vida. Após vencer depressão pós parto, e emagrecer 30 kilos, desenvolveu Diva Dance, uma revolucionária e divertida terapia corporal que utiliza dança latina com técnicas de psicoterapia com o objetivo de aumentar nossa energia e liberar todo nosso potencial. O noticiário americano Fox News reconheceu o trabalho de Chris Linnares como “Uma ferramenta poderosa para construir a auto-estima feminina”. Com seu jeito criativo e bem humorado de abordar temas complexos do desenvolvimento humano, Chris Linnares foi convidada a levar sua mensagem divertida e inspiradora para empresas como Microsoft, Blue Cross Blue Shield, Pão de Açúcar, Avon, Positivo e muitas outras. Nascida em São Paulo, Chris Linnares é Psicóloga por formação, com especialização na área de Motivação e Liderança pela FGV (São Paulo) e Master em Programação Neurolinguística. Aos 17 anos iniciou sua carreira no teatro profissional, onde trabalhou com Rosi Campos, e outros grandes nomes do teatro Brasileiro. Sua paixão pelas artes cênicas, associada ao seu conhecimento na área do comportamento humano influenciaram sua forma inovadora e criativa de trabalho. Divas no Divã: Arte Terapia: Com uma proposta inovadora que se utiliza da arte para abordar temas importantes sobre o desenvolvimento pessoal, fez com que vários especialistas e empresas elegessem o trabalho desenvolvido por Chris Linnares como uma inovadora Arte Terapia. A comédia Divas no Divã, escrita e interpretada por Chris Linnares e baseada em depoimentos colhidos em seus seminários e programa de rádio sobre o que pode diminuir ou aumentar a auto-estima das mulheres nos dias atuais ficou em cartaz 5 anos consecutivos com sucesso absoluto e conquistando admiradores em todo país. Uma tragédia vitoriosa para quem começou sem patrocínio e apresentando em pequenos teatros no interior de São Paulo. Com Divas no Divã, Chris Linnares, conquistou o teatro, a literatura e viu seu livro e sua comédia ser indicado por terapeutas de todo o pais. Para a psicanalista Maria Aparecida Ribeiro de Freitas, o livro e a peça vão alem do seu papel de entretenimento cultural. O DVD arte-educação Divas no Divã alcançou o recorde de mais de 100 mil cópias vendidas em todo o Brasil em menos de um mês após o seu lançamento e está motivando famílias, empresas e escolas em todo o Brasil. Porta voz do universo feminino Com um texto inovador que une romance e uma visão bem humorada da psicologia humana, Chris Linnares se destacou no mercado editorial como porta voz do universo feminino. Seus livros Divas no Divã e Cinderela de Saia Justa se tornaram leitura obrigatória para muitas mulheres que encontraram neles caminhos para melhorarem sua qualidade de vida. Nos Estados Unidos, Chris Linnares publicou Cinderela de Saia Justa e lançou um livro de poesia chamado “Your deserve!” ( “Você Merece!” ) Alegria e Motivaçã no Rádio e na TV Chris Linnares produziu e apresentou os programas ” Histórias de Sucesso” e “Intermundial” na Rádio Mundial em São Paulo. Com a repercurssão de seus trabalhos em 2003, Chris Linnares foi convidada para escrever e interpretar esquetes cômicas sobre o comportamento humano na TV. Com um texto inovador e uma atuação hilariante, estrelou na Rede Mulher e Rede Bandeirantes onde, ao vivo, interpretava suas esquetes cômicas e logo apos interagia com o espectador discutindo os aspectos psicológicos do assunto abordado. Responsabilidade Social Por seu trabalho comprometido com as camadas menos favorecidas, e com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas, Chris Linnares é idealizadora de grandes e bem sucedidos projetos: Arte Solidária: projeto realizado em 2002 e que garantiu ao público carente acesso à cultura teatral. Progama METAS para adolescentes: programa idealizado por Chris Linnares há mais de 5 anos, onde de uma forma ousada e irreverente aborda temas que não constam no currículo escolar e que são fundamentais para o desenvolvimento do potencial de adolescentes como: Motivação, Escolhas, Trabalho e Atitudes na Sociedade. Palestras para comunidades carentes sobre o desenvolvimento de seus potenciais. Esse seu trabalho a fez ganhar vários prêmios por prestar serviços que colaboram para o desenvolvimento da sociedade. Junto com seu marido, Chris Linnares, criou a fundação ” Dance your own Dance” para financiar projeto de mulheres que têm como objetivo melhorar nossa qualidade de vida. Atualmente Chris Linnares mora nos Estados Unidos com seu marido e suas três filhas onde continua desenvolvendo seu brilhante trabalho.